Se o Corinthians tivesse sido campeão brasileiro,
certamente Ronaldo apareceria como protagonista. Se bem que como terceiro
colocado não é tão diferente. Até porque a história do Timão no Campeonato
Brasileiro teve altos e baixos (apesar da regularidade na tabela), assim como o
Fenômeno e suas seguidas lesões.
Enquanto o Timão sofreu com duas trocas de treinadores (Mano Menezes por Adilson
Batista e Adilson Batista por Tite), Ronaldo lutou a maior parte do tempo contra
problemas musculares e no púbis. Não à toa foram apenas 11 jogos e seis gols
marcados. Em 2009, ele fez 24 gols durante todo o ano.
- Foi um ano difícil para o Ronaldo. Vamos continuar trabalhando. Ano que vem
vai ser ainda mais importante, porque provavelmente é o último da carreira dele
– comentou Bruno Mazziotti, fisioterapeuta do pentacampeão e do clube.
O drama do Fenômeno no ano do centenário alvinegro começou cedo, no dia 27 de
janeiro, no duelo contra o Mirassol, pelo Paulistão. Na ocasião, ele teve uma
ruptura da fibrose na coxa direita, em decorrência da lesão sentida contra o
Flamengo, nas rodadas finais do Brasileirão do ano passado.
Depois disso, o Fenômeno voltou a jogar 28 dias depois. Alterando os jogos e se
dedicando mais à Libertadores, o camisa 9 voltou a ter problema em maio. Durante
um treinamento, ele sentiu a panturrilha direita e ficou mais de 100 dias parado.
Nesse processo de recuperação, o craque ainda teve uma lesão no púbis.
No final de agosto, Ronaldo voltou a jogar contra o Vitória, no Pacaembu, mas
não demorou muito o seu retorno ao departamento médico. No início de setembro,
ele sentiu a panturrilha esquerda e desfalcou a equipe por dez rodadas, voltando
apenas contra o Guarani, o último jogo da sequência de sete sem vencer.
À época, o Fenômeno avisou que sua ideia era participar de todas as nove
partidas que restavam ao Timão no Brasileirão. Só que no empate por 1 a 1 com o
Vitória, em Salvador, outra lesão atrapalhou. Dessa vez na coxa direita. Algo
simples, rapidamente curado e que permitiu seu retorno contra o Goiás, no
domingo.
Só que aquele empate lá em Salvador foi fatal. Não fosse aquele tropeço e o
Corinthians dependeria apenas de si na última rodada. Ao menos a equipe terminou
na terceira colocação e assegurou vaga na Libertadores de 2011, ano em que o
Fenômeno, com ou sem lesões, escolheu para encerrar a carreira. |