O Brasil tinha a seleção mais experiente na Copa do Mundo da África do
Sul. Aliás, a média de idade de 29 anos e três meses é a maior que a equipe
já teve em um Mundial, o que indica que alguns jogadores estão dando adeus à
camisa amarela. No entanto, essa é uma despedida difícil. Mesmo o
lateral-esquerdo Gilberto, o mais velho do time, teve dificuldades para
responder se o seu ciclo com a seleção havia chegado ao fim.
- Talvez, sim. Estou com 34 anos, e disputar a Copa em 2014, com 38, é
difícil. A Copa seria a competição para coroar o trabalho do grupo nesses
quatro anos. Mas alguns jogadores vão disputar a próxima e sabem da
importância que é vestir a camisa da seleção brasileira. O mais importante é
que, depois de 2006, resgatamos o amor pela seleção, o prazer de vestir a
camisa da seleção. Pelo fato de ter disputado duas Copas e saber que não vou
disputar uma terceira, fico feliz em ter sempre procurado ajudar.
Aos 31 anos, o zagueiro Juan também não está preparado para dizer adeus. O
jogador terá 35 anos na próxima Copa e, apesar de ter sido um dos poucos
exaltados no desembarque da delegação no Rio de Janeiro, prevê que terá de
fazer esforço para continuar sendo convocado.
- Meu futuro na seleção é como o de todo jogador. Vou curtir as férias agora,
voltar para o clube e continuar trabalhando - disse.
Também com 31 anos e depois de jogar apenas nove minutos nesta Copa, o
volante Kleberson engrossa o coro do “ainda não acabou”.
- Não digo que meu ciclo acabou. Vivi momentos bons ali. Mas sabemos que há
outros jogadores que merecem estar na seleção brasileira. Se tiver outra
oportunidade, vou ajudar. Minha participação foi boa, foi importante, valeu
a pena estar em um Mundial novamente. Fiquei bastante feliz. Acho que
qualquer um ali está disposto a servir a qualquer momento à seleção
brasileira.
Do elenco que estava representando o Brasil na África do Sul, apenas Ramires,
Thiago Silva e Nilmar terão menos de 30 anos na Copa de 2014. O atacante
terá quase essa idade no |