Ronaldo se afastou logo na primeira rodada, quando marcou um dos gols no
êxito sobre o Atlético-PR, 2 a 1. Mano chegou a buscar outro autêntico
camisa 9. Souza até correspondeu quando acionado. Em vez de um novo
homem-gol, o Corinthians decidiu suprir a ausência do Fenômeno repartindo a
responsabilidade no ataque para cada atleta do elenco. A tarefa de
“substituir” Ronaldo inclui também volantes, laterais e zagueiros. Resultado:
líder isolado do Brasileiro, o Corinthians, possui o ataque mais positivo,
13 gols, e é quem mais pulveriza seus gols no torneio.
Em seis rodadas, 10 atletas já marcaram pelo menos um gol. A lista de
“goleadores” é extensa: Souza, Bruno César e Ralf (com dois gols cada).
Ronaldo, Jorge Henrique, Chicão, Paulinho, Roberto Carlos, Iarley e William.
O Corinthians não economiza esforços aos goleiros adversários. O time
paulista é quem mais finaliza, em média, por partida. São 15,7 chutes, em
média, nos 90 min, segundo o Datafolha. O Vitória é a equipe que
menos arrisca finalizações, com apenas 9,2 chutes, em média, por jogo.
A distribuição dos gols, na avaliação de Roberto Carlos, evidencia a
característica “operária” do elenco, onde todos têm praticamente os mesmos
deveres.
“É difícil num Brasileiro se manter tanto tempo na frente. Se está aí em
primeiro é porque tem mérito. Nosso time pode não ser tão brilhante como o
Santos, mas é mais brigador, mais profissional”, comparou Roberto Carlos.
Para a partida contra o Botafogo, domingo, às 16 horas, no Engenhão, o
Corinthians repetirá a dupla Dentinho e Iarley no ataque. Ronaldo e Jorge
Henrique, lesionados, seguem afastados. |