Obina e Ronaldo foram os nomes mais pronunciados nos vestiários do estádio
Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, neste domingo. Porém, por
motivos diferentes. O palmeirense 'roubou' o status de estrela do "Fenômeno"
e foi o destaque com três gols, na vitória por 3 a 0. Já o camisa 9
corintiano esteve em campo por menos de 20 minutos e saiu com uma suspeita
de fratura na mão esquerda.
Ronaldo será submetido a exames nesta segunda-feira para avaliar a gravidade
da contusão. "Ele não tinha condições de continuar na partida. Embora seja
na mão, incomoda muito. Ele não conseguia mexer o braço. Não está descartada
uma fratura nos ossos", comentou o médico corintiano Paulo Faria, que não
quis falar quando o principal jogador da equipe alvinegra retornará.
Segundo o técnico Mano Menezes, a ausência do astro teve interferência
direta no resultado da partida. "Os jogadores ficaram preocupados com a
lesão do Ronaldo, principalmente por saberem que poderia ser algo mais grave",
ponderou.
Até os palmeirenses lamentaram a contusão. "Infelizmente o Ronaldo saiu
machucado, e isso acabou prejudicando o time deles", observou o goleiro
Marcos, ex-colega do atacante na seleção brasileira.
Já Obina ganhou elogios de todos os lados. Além disso foi ovacionado pela
torcida, que entoou o tradicional grito "o Obina é melhor que o Eto'o".
"Fica na brincadeira, mas é legal", sorriu o herói da tarde. "Todos veem que
treino finalizações sempre além do tempo na Academia de Futebol. Procuro
sempre ter humildade e trabalhar muito", destacou.
Segundo o Datafolha, Obina finalizou cinco vezes a gol. Errou o alvo apenas
uma vez, e superou Felipe em três ocasiões. Ele recebeu 18 bolas, acertou 13
passes e errou apenas um. Já Ronaldo, no pouco tempo que jogou, foi acionado
cinco vezes e perdeu duas bolas. Acertou um passe e errou dois.
"A torcida já cantava e agora a gente já sabe que 'ôôô, o Obina é melhor que
o Eto'o'", cantou Marcos, antes de cair na gargalhada.
O atleta mais antigo do elenco e ídolo da torcida ainda citou a história do
clube para falar sobre a importância do goleador. "Nós sempre nos demos bem
quando tivemos um atacante assim, alto, bom em jogadas aéreas e com muita
força, como o Oséas e até mesmo o Evair. Sabíamos que a chegada do Obina
iria nos ajudar", concluiu. |