Treinador descarta montar time com jogadores renomados para disputar
a Libertadores pelos exemplos ruins de outros clubes
Edu, Lucas, Tevez, Dida e até Ronaldinho Gaúcho. A lista de
possíveis reforços para formar a constelação corintiana na Taça
Libertadores de 2010 já é bastante grande. Mas, no que depender da
vontade do técnico Mano Menezes, a chegada de estrelas ao Parque São
Jorge não acontecerá em número tão grande. Com medo de repetir o
fracasso de outros clubes que investiram em jogadores renomados no ano
do centenário, o treinador está de olho no tradicional "bom e barato".
- Vimos grandes clubes no ano do centenário pensarem em pirotecnia,
montar times dos sonhos e nunca deu certo, não resolveu. Talvez, a regra
a ser seguida não seja essa. Grandes times, que realmente se tornam
ganhadores, não são montados dessa maneira. Temos grandes jogadores que
precisam ser encontrados e que vão crescer com a camisa do Corinthians.
Acredito muito em jogadores que querem crescer na vida – afirmou.
Mano cita como exemplo o próprio Corinthians. Após o rebaixamento para a
Série B do Campeonato Brasileiro, a diretoria investiu em jogadores que
haviam se destacado em equipes menores, como André Santos (Figueirense),
Chicão (Figueirense) e Elias (Ponte Preta). Todos, agora, estão cotados
para serem negociados com o futebol europeu na reabertura do mercado, em
agosto.
- A grande maioria não chegou aqui no ano passado com esse status que
tem agora – acrescentou.
O treinador, porém, não pretende evitar a contratação de nomes de peso.
Entretanto, acredita que mesclá-los com jovens promessas seja
fundamental para que o Corinthians atinja o maior objetivo da próxima
temporada: vencer, enfim, a tão sonhada Taça Libertadores.
- Jogadores de qualidade diferenciada são importantes, mas sabemos que a
realidade exige competitividade também. Fizemos isso no início da
temporada e tivemos um ganho. Agora, talvez, a gente possa fazer as duas
coisas novamente para continuar crescendo – completou.
O temor de Mano Menezes com o ano do centenário tem lógica. Entre os
grandes, o único que conseguiu se destacar foi o Vasco, em 1998, com os
títulos carioca e da Libertadores. Flamengo, com o temido ataque Sávio,
Romário e Edmundo, Fluminense, Grêmio, Botafogo, Atlético-MG, Coritiba e
Internacional, batido pelo Timão na final da Copa do Brasil, não
conseguiram títulos de grande expressão (o Colorado ainda pode
conquistar o Brasileirão). |