15/08/2006
Dunga: 'Não farei uma revolução radical'
Apesar de representar uma renovação na
seleção brasileira após o fracasso na Copa de 2006 e prometer a volta do
espírito de luta e coletivo à equipe , o treinador Dunga disse nesta
terça-feira que não vai fazer uma revolução radical no trabalho que
vinha sendo feito. Suas idéias começam a ser colocadas à prova nesta
quarta-feira, contra a Noruega, em Oslo, no primeiro amistoso do ciclo
do próximo Mundial, em 2010 na África do Sul.
- Uma pessoa não pode mudar tudo. Tem muitas coisas boas que quero
manter e outras que desejo mudar. Mas não farei uma revolução radical -
disse Dunga em uma entrevista ao jornal alemão 'Tagesspiegel'.
O treinador também evitou comparações com o trabalho de renovação feito
pelo alemão Klinsmann na seleção germânica. E dimensionou bem ao jornal
estrangeiro a importância de ser o responsável pela equipe pentacampeã
mundial.
- O treinador da seleção brasileira tem mais responsabilidades do que o
presidente do país - disse Dunga.
O treinador afirmou que não precisará ser duro com os comandados se
todos tiverem consciência do que precisam fazer em campo e tentarem
alcançar os objetivos juntos, para reconquistar o terreno que a seleção
perdeu com a eliminação nas quartas-de-final da última Copa. O desafio é
mudar a mentalidade que o antecessor no cargo Carlos Alberto Parreira
reconheceu estar errada em entrevista exclusiva ao jornal O Globo no
último domingo .
- Todos respeitam o Brasil. Mas temos que voltar a provar em campo que
somos os melhores - disse Dunga.