Apesar do belo gol de falta diante do
combinado de Lucerna, em Basel, na tarde desta terça-feira, o
meio-campista Juninho Pernambucano adotou uma postura diplomática e
mediu as palavras ao comentar a possibilidade de integrar o time titular
da Seleção Brasileira na Copa do Mundo.
"O Parreira conhece muito bem os jogadores. Não é pelo fato de cobrar
faltas melhor do que os outros que devo jogar como titular. O importante
é estar todo mundo bem", declarou o jogador, que entrou no lugar de Kaká
e participou de apenas 25 minutos do amistoso.
Apontado por grande parte da crítica como merecedor de uma vaga entre os
titulares, Juninho contou que se sente ainda mais fortalecido. "Saber
que eu conto com o apoio das pessoas que analisam o futebol é uma força
a mais, aumenta minha confiança", declarou.
No entanto, o atleta jamais abandonou a postura política. "Todos sabem
que eu tenho condições de atuar. Essa é minha primeira Copa e,
provavelmente, a última. Mas isso não me dá direito de jogar. Quero
apenas ajudar ao máximo", disse o meio-campista.
Pentacampeão francês com o Lyon, Juninho fez um alerta ao elenco da
Seleção um dia depois de Adriano e Edmílson se estranharem durante o
treino em Weggis. "O ambiente é muito importante, facilita bastante. Eu
nunca vi um time ganhar títulos importantes sem isso. Fora de campo,
cada um tem sua vida. Mas durante o jogo, todos precisam se entender",
declarou.
Entre as mais brilhantes estrelas do futebol mundial, Juninho foi firme
em suas declarações. "Na Copa do Mundo, nenhum jogador tem direito de
pensar em si próprio, nem mesmo as grandes estrelas. No Brasil, todo
mundo sabe como funciona. Se ganha, é bom para todo mundo. Mas se perde,
também é ruim para todo mundo". |