Kaká foi direto sobre duas questões a
respeito da seleção brasileira quando falou em entrevista coletiva após
a vitória por 8 a 0 do Brasil sobre o combinado de Lucerna. Foi quase
tão eficiente com as palavras como costuma ser com os pés.
Primeiro produziu um texto básico sobre a famosa "coordenação" dos
participantes do quadrado mágico na hora do Brasil se defender. Depois,
explicou como o grupo e o técnico Carlos Alberto Parreira apagaram a
fogueira das vaidades na concentração.
- Está claro para todo mundo que a gente (Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e
Adriano) precisa ajudar. Eu, o Ronaldinho e um atacante temos que voltar.
Não precisa os dois, Adriano e Ronaldo, voltarem. Mas um deles deve
ajudar - disse.
Depois, Kaká explicou como funcionam os lados do quadrado que ficam
apoiados no meio de campo.
- A minha movimentação em campo é resultado da liberdade que o professor
Parreira me deu. Eu começo o jogo pela direita e o Ronaldinho pela
esquerda e no decorrer da partida a gente muda.
Sobre a convivência com Ronaldo e Ronaldinho, as maiores estrelas da
seleção, Kaká foi questionado se não se sente relegado a um segundo
plano, algo que poderia lhe incomodar.
- Não me incomoda porque isso são vaidades. E ter este tipo de
sentimento seria ruim para a seleção. Sei das minhas responsabilidades
no time e no grupo. Os times que vão jogar contra nós vão marcar sem se
preocupar mais ou menos com algum jogador - disse ele lembrando que é
inocência pensar em um Kaká mais livre nos jogos da Copa porque os
adversários estariam mais concentrados nos dois Ronaldos. |
