A Confederação Brasileira de
Futebol (CBF) terá uma "central de espionagem" na Alemanha para dar auxílio à
comissão técnica da Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo.
A central terá ilha de edição, telões e outros equipamentos para que Carlos
Alberto Parreira e Mario Jorge Lobo Zagallo possam acompanhar os adversários do
Brasil na primeira fase e potenciais rivais nas fases subseqüentes do Mundial.
"No mesmo dia vamos ter como receber o videoteipe dos jogos. A Alemanha é um
país pequeno, o deslocamento não é muito difícil e no mesmo dia já estaremos
recebendo material", disse o técnico Parreira.
Atualmente uma mini-central já existe na sede da CBF para dar suporte à comissão
técnica. Nela, Parreira, o coordenador técnico Zagallo, e o supervisor Américo
Faria, acompanham o desempenho dos brasileiros que atuam no exterior.
"O que temos atende bem a nossa necessidade", completou o treinador.
O Brasil já tem dois espiões trabalhando para a seleção que são Jairo Santos e,
eventualmente, o auxiliar de Parreira, Jairo Leal. O treinador pretende anunciar
nos próximos dias o nome do terceiro "araponga" da Seleção, que pode ser o
ex-técnico do Corinthians, Antônio Lopes.
"Existem alguns nomes, estamos analisando. O Lopes é um bom nome, e em breve o
espião será anunciado", disse Parreira.
Entre os outros cotados estão o treinador Gilson Nunes e o capitão do
tetracampeonato Dunga.
Parreira aproveitou para criticar a decisão da Fifa de não prorrogar o prazo
para inscrição dos jogadores para a Copa, que vence em 15 de maio.
Segundo ele, a Seleção não pretendia trocar jogadores, caso o prazo não fosse
estendido. Ele disse que a o Brasil estava sendo solidário ao pleito das outras
seleções do mundo.
"Não deu para entender. Acho que as pretensões dos treinadores eram
perfeitamente aceitáveis e compreensíveis. Não exigia nenhum sacrifício da Fifa
e não ia mudar nenhuma regra", disse.
Segundo Parreira, os técnicos gostariam de conhecer melhor o estado físico e
técnico de seus jogadores antes de convocá-los. |