O técnico da seleção brasileira
Carlos Alberto Parreira afirmou nesta segunda-feira que as portas da equipe não
estão fechadas para o atacante Rivaldo e defendeu o goleiro Dida e o
lateral-direito Cafu das críticas que sofreram após fracas exibições pelo Milan.
Parreira reiterou que a base está montada, porém o grupo não está fechado.
"Acho que (tem espaço) não só para o Rivaldo, mas para outros que passaram pela
seleção e que têm experiência. Ele fez duas Copas maravilhosas, 1998 e 2002,
quando junto com Ronaldo fez 13 gols. O Rivaldo tem a seu favor o fator
experiência", disse o treinador.
Ele lembrou ainda que no Mundial de 1994, apesar das críticas convocou o goleiro
Taffarel e o lateral-esquerdo Branco, que eram alguns dos jogadores mais
experientes do elenco e que tiveram papel importante na conquista do
tetracampeonato.
"Se houver necessidade e acharmos que ele é útil pode ser. Não temos nada contra
o Rivaldo", disse Parreira, que lembrou ainda que foi o primeiro a lançar o
jogador do Olimpiakos no time titular da seleção, no amistoso contra o México,
em Guadalajara, em dezembro de 1993, quando o Brasil venceu por 1 a 0, com gol
do então jogador do Corinthians.
O treinador também saiu em defesa de Dida e de Cafu, ambos do Milan e que têm
decepcionado nas últimas partidas pelo time italiano.
"O Cafu é titular e capitão, havendo necessidade podemos mudar, mas a gente não
vai jogar experiência pela janela numa Copa do Mundo", disse o treinador sobre o
lateral que tem ficado no banco nas últimas partidas do Milan.
"O Dida há três anos é titular do Milan. Ninguém é titular do Milan impunemente.
A média de atuação é o que mantém um jogador na seleção. Um jogador não é
convocado porque faz três gols ou um goleiro porque fez dez defesas."
O treinador apontou a Alemanha como principal adversária do Brasil na briga pelo
hexacampeonato e disse que o ambiente de um Mundial disputado na Europa é
diferente do de uma Copa jogada nos demais continentes.
Parreira está negociando com a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF)
dois amistosos com times ou seleções de pouca expressão já durante o período de
treinamento para a Copa do Mundo.
"Não quero um time forte, um time de ponta. São dois amistosos para movimentar e
dar ritmo de jogo. Pedreira só na Copa do Mundo", explicou.
Entre as seleções que estão sendo cogitadas estão as equipes da Nova Zelândia e
Islândia. |