QUITO - Nem a derrota para o Equador
tampouco a perda da liderança das Eliminatórias para a Argentina tiraram
do técnico da seleçăo brasileira, Carlos Alberto Parreira, a confiança
na classificaçăo para a Copa do Mundo de 2006. O Brasil sofreu sua
primeira derrota na competiçăo nesta quarta-feira - 1 a 0 em Quito - mas
está com seis pontos de vantagem sobre o Uruguai, quinto colocado no
torneio. Se as Eliminatórias terminassem hoje, os uruguaios teriam de
disputar uma repescagem para chegar ŕ Copa.
- O importante é se classificar. Perder a invencibilidade e o primeiro
lugar năo significa nada. Sabíamos que esse era um dos nossos jogos de
maior risco. Eles (os equatorianos) melhoraram no segundo tempo.
Perdemos o jogo, năo queríamos isso, mas acontece - declarou Parreira,
demonstrando tranqüilidade ao desembarcar no Rio na manhă desta
quinta-feira.
Na opiniăo do técnico, a derrota para o Equador năo foi o principal
motivo para o Brasil năo ter chegado ao fim do ano no primeiro lugar das
Eliminatórias.
- O que nos fez perder a liderança foram dois jogos que poderíamos ter
ganho aqui no Brasil, contra a Colombia e contra o Uruguai - afirmou ele,
referindo-se ao 0 a 0 com os colombianos, em Maceió, na rodada anterior,
e ao 3 a 3 com os uruguaios, em Curitiba, pela quarta rodada.
O atacante Ronaldinho năo chegou a culpar a altitude de Quito - 2.800m
acima do nível do mar - pela derrota para o Equador, mas revelou ter se
sentido mal no intervalo do jogo.
- Tive dor de cabeça e falta de ar. Precisei receber oxigęnio no
vestiário - disse o atacante do Real Madrid, que viajou da capital
equatoriana imediatamente para a Europa junto com outros nove jogadores
da seleçăo, em vôo fretado. |