O esquema de segurança montado para a
comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para a Seleção
Brasileira de futebol contará com 1.700 homens, entre tropas da
Organização das Nações Unidas (ONU) e policiais haitianos. O esquema
começa a funcionar a partir de segunda-feira, dois dias antes da visita
dos brasileiros.
Haverá dezenas de postos policiais para isolar o itinerário entre o
Aeroporto Internacional Toussaint Louverture e o estádio Sylvio Cator. A
segurança fará ainda escolta de outros locais que serão visitados por
Lula, como o Palácio do Governo e a brigada das tropas brasileiras no
Haiti.
No dia 18, quando Lula chegar a Porto Príncipe às 8h35 (10h35 horário de
Brasília), viaturas militares e civis abrigarão a comitiva do presidente.
Um caminhão da ONU levará 25 jornalistas da imprensa nacional e
internacional que acompanham Lula.
A seleção de futebol chega às 12h15 (14h15 de Brasília) e se desloca até
o estádio em sete viaturas blindadas da ONU, os chamados "urutus". Todo
o trajeto foi preparado para seguir pelo caminho mais curto e, ao mesmo
tempo, mais pobre e violenta da capital haitiana: a região portuária.
"Estamos fazendo o esquema de segurança com os meios que dispomos. Dessa
forma, estamos empregando praticamente todo o efetivo da brigada Haiti (tropas
brasileiras no país) na segurança, transporte e outras tarefas de
logística. Eu diria que 1.700 homens são suficientes e satisfatórios
para o planejamento que estamos concebendo para o presidente e para a
seleção", explica o coronel Floriano Peixoto, responsável por mapear
cada passo do itinerário.
O coronel Peixoto ainda afirma que a principal questão da segurança é
conter a "curiosidade da população". O estádio Sylvio Cator, local do
jogo Brasil x Haiti, comporta apenas 15 mil pessoas. Desse total, cinco
mil serão convidados dos dois governos. Os ingressos restantes serão
colocado à venda.
Na segunda-feira também devem chegar os oito telões e 50 televisores que
serão espalhados pela cidade. As televisões serão doadas a instituições
comunitárias. Os telões serão colocados em áreas distantes ao estádio
para não concentrar os espectadores.
O estádio Sylvio Cator, que há dois meses passa por reformas, terá
acessos distintos para autoridades e público. Um perímetro de três
quarteirões será isolado com barreiras policiais e militares. O trânsito
será desviado das proximidades a partir da meia-noite do dia do jogo.
Todas as entradas do estádio contarão com detectores de metal. Para
casos de emergência, a brigada brasileira vai disponibilizar dois grupos
de 140 homens para situações de reação rápida. Os muros do estádio têm
cerca de dois metros apenas, mas foram cercados com arame farpado. O
presidente vai ficar num camarote, acima da tribuna de honra, e ao lado
das 20 cabines de transmissão. O jogo começa às 16h30, horário de
Brasília. |