"O jogo năo é final de Copa do Mundo, năo é Copa do Mundo, é eliminatória, mas ele está sendo encarado como jogo de Copa do Mundo", disse o técnico do Brasil, Carlos Alberto Parreira, na terça-feira, após o treino da equipe no Mineirăo, que teve um público de trinta e cinco mil pessoas.

"Amanhă (dia do jogo), serăo 41 mil pessoas", completou ele, referindo-se ao número de ingressos colocados ŕ venda, já que o estádio ainda passa por algumas reformas, o que reduz sua capacidade de público.

Brasil e Argentina se enfrentaram por quatro vezes em Copas do Mundo --1974, 1978, 1982 e 1990-- e somente na última delas os argentinos levaram a melhor. Em 78 houve empate e nas outras duas ocasiőes quem venceu foi o Brasil.

Todo clássico também tem muita provocaçăo. O treinador brasileiro, no entanto, preferiu năo polemizar com declaraçőes dadas pelo seu colega argentino, Marcelo Bielsa, de que iria procurar se aproveitar da fragilidade da defesa brasileira.

"Eu acho que a gente năo tem que comentar nada do que falam da seleçăo", disse. "Nós temos nossa maneira de jogar, eles tęm a deles e vamos colocar em prática dentro do campo."

O treinador defendeu ainda a evoluçăo que, segundo ele, a retaguarda brasileira vem tendo.

Desde o empate contra o Uruguai por 3 x 3, em novembro do ano passado, o Brasil fez cinco jogos e tomou tręs gols, sendo que empatou tręs vezes por 0 x 0, contra Irlanda, Paraguai e França.

"O time que joga com dois meias como nós jogamos, Zé Roberto entrando, Juninho (Pernambucano) entrando, os laterais que apoiam como nenhum lateral do futebol no mundo, entăo a defesa fica muito exposta," afirmou.

Brasil e Argentina jogam na quarta-feira ŕs 21h40. Uma vitória pode dar a liderança do torneio para os brasileiros, que estăo dois pontos atrás dos argentinos, atuais líderes da competiçăo.

As eliminatórias garantem quatro vagas automáticas para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, e o quinto colocado disputa uma repescagem.