A recepçăo para a seleçăo
brasileira em Belo Horizonte foi menos calorosa do que o esperado. Menos
de 500 torcedores foram ao aeroporto da Pampulha, de acordo com a
Polícia Militar, que se preparou para receber 5.000 pessoas.
"A nossa estimativa era de 3.000 e nós nos
preparamos para 5.000 (pessoas)", disse ŕ Reuters o tenente Simăo. "Mas
aqui năo tem nem 500".
As poucas pessoas que se aventuraram
tiveram dificuldade de ver os jogadores devido ao forte esquema de
isolamento feito pelos policiais mineiros. Os atletas foram escoltados
até o ônibus, que saiu rapidamente até o hotel onde a delegaçăo ficará
concentrada.
Ainda assim, os ingressos para a partida
de quarta-feira entre Brasil e Argentina já estăo esgotados desde a
semana passada. E quem quiser adquiri-los com cambistas năo gastará
menos de 100 reais.
"Para vocę eu faço por 100 (reais)",
afirmou ŕ Reuters um dos cambistas nos arredores do estádio do Mineirăo
após afirmar que o ingresso de arquibancada custava 110 reais.
Um outro vencedor clandestino, ao
receber a negativa pela compra de um ingresso a 120 reais, disse: "Aqui
(Mineirăo) é onde está mais barato. Se vocę for na cidade, vai estar por
volta de 150".
O ânimo em torno do jogo, válido pelas
eliminatórias da Copa do Mundo de 2006, no entanto, năo é unanimidade.
"Com 100 reais eu compro vários
engradados de cerveja, ponho para gelar e compro carne", disse um
entregador, que se identificou como Neto.
Entre os que já tęm presença garantida
no Mineirăo, o clima é de otimismo.
O cruzeirense Weslei, que estava na fila
para pegar um ingresso de cadeira cativa, tem certeza da vitória
brasileira, apesar da ausęncia do meia-atacante Ronaldinho Gaúcho.
Ele inclusive elegeu o culpado pela
contusăo muscular na coxa esquerda do astro do Barcelona. "É aquele frio
da (Granja) Comary", disse o torcedor, referindo-se ŕ concentraçăo
oficial da seleçăo brasileira, em Teresópolis.