HAVANA (Reuters) - Em Cuba segue-se de perto a
recuperação do argentino Diego Maradona, que está internado em um hospital de
Buenos Aires, e os médicos que participam do seu tratamento desde 2000 confiam
que ele voltará à ilha para retomar o ritmo de vida que o ajudou a
estabilizar-se. Maradona, que chegou a
Cuba em janeiro de 2000 para submeter-se a um tratamento contra drogas, segue
hospitalizado na capital argentina, precisando de ajuda para respirar, depois de
sofrer uma complicação cardíaca semelhante a que teve antes de viajar para Cuba
há quatro anos.
Os médicos cubanos que o ajudaram nesse anos no
centro médico La Oradera, onde morou todo esse tempo, asseguraram que Maradona
saiu da ilha no final de março com um bom estado de saúde.
"Confiamos que ele volte a Cuba, precisa de
tranquilidade", disse um médico, que não quis se identificar.
Os jogadores de um clube local de futebol, o
Villa Fiorito, patrocinado por Maradona, mandaram uma mensagem de apoio ao
ex-jogador e lhe desejaram uma recuperação rápida.
"Fale a Diego que esperamos por ele, um homem
como ele merece estar bem. Deus não pode lhe abandonar, tem que ajudá-lo", disse
o argentino Basilio Mazor, residente na ilha desde 1973 e presidente do clube.
Apesar de ser reconhecido frequentemente por
cubanos e turistas que lhe pedem autógrafos e querem tirar fotos com ele,
Maradona, com um sério problema de obesidade, levava uma vida mais tranquila em
Havana do que em Buenos Aires, onde era perseguido pela imprensa.
Maradona praticamente não participou de
atividades públicas na ilha e também manteve-se distante dos esportes de alto
rendimento, apesar de sua amizade com o recordista mundial de salto em altura,
Javier Sotomayor.
O ex-jogador é um grande admirador do lendário
ex-guerrilheiro argentino-cubano Ernesto "Che" Guevara e do presidente cubano,
Fidel Castro, com quem se encontrou diversas vezes desde sua mudança para a ilha. |